04/11/2008

As primeiras empresas a obterem a certificação natural da NPA.

Para todos os que se interessam pela qualidade dos produtos que utilizam, aqui fica uma nota que demonstra a importância dada na Europa e nos Estados Unidos à certificação dos produtos naturais.
Quando os organismos oficiais não legislam e por isso os cidadãos não conseguem realmente saber o que estão a comprar (voltamos aqui à velha questão do que é realmente natural e biológico), as empresas privadas, através de associações, têm que criar mecanismos para garantir a qualidade dos produtos, e mais, garantir que os produtos são realmente o que afirmam ser.
Essa qualidade é garantida através de certificações atribuídas por organismos idóneos como o Ecocert, o BDIH, e agora no caso dos Estados Unidos, a NPA.

Fonte: traduzido a partir do artigo “NPA announces first companies to gain natural certification” in Cosmeticsdesign.com, 16 de Outubro de 2008.

A Associação de Produtos Naturais (NPA – Natural Products Association) divulga o nome das primeiras empresas a obterem a certificação natural.
Por Guy Montague-Jones

O mercado e os consumidores de PCHC (Produtos Cosméticos e de Higiene Pessoal) nos Estados Unidos têm sido fracamente servidos pelos organismos certificadores, contudo, no último ano um número considerável de organismos privados foram definindo os seus próprios critérios de certificação.
Em Maio a NPA lançou o seu programa de certificação para produtos naturais e agora publica os nomes das primeiras empresas a cumprirem todos os critérios e que obtiveram o direito a utilizar o selo de aprovação da NPA para Produtos Naturais.

Empresas que adoptaram os novos critérios.
A Aubrey Organics, Burt’s Bees e J.R. Watkins cumpriram todas as exigências e em breve vão lançar os seus produtos recentemente certificados de acordo com os novos critérios.
Para obter esta certificação estas empresas tiveram que cumprir estritamente as regras definidas pelo organismo certificador.
De forma notável é exigido que 95% dos ingredientes sejam provenientes de fontes naturais, estando em linha com as normas definidas pelo EcoCert e com o critério proposto para harmonizar as normas europeias de cosméticos naturais.

Proliferação de critérios e controvérsia.
Em contraste com o que está a acontecer na Europa, onde os organismos certificadores estam cada vez mais próximo de harmonizar as suas normas, nos Estados Unidos são criados com regularidade critérios privados, diferentes entre si, o que provoca alguma tensão e desentendimento.
A empresa Dr Bronner’s Magic Soap chegou ao ponto de instaurar um processo legal contra a Organic and Sustainable Industry Standards (OASIS), que representa algumas das algumas das maiores empresas de cosméticos biológicos como a Aveda e a Hain Celestial.
Esta empresa adverte que a OASIS publicita falsamente produtos como sendo biológicos quando na verdade estes contêm ingredientes provenientes de agricultura convencional ou petroquímicos.
Este tipo de conflitos internos só prejudicam a imagem da indústria de cosméticos naturais e biológicos, aos olhos dos consumidores, e pode vir a criar ainda mais confusão quanto ao que genuinamente é um produto natural e biológico.
No inicio do ano, a empresa de estudos de mercado Organic Monitor saudou a criação de novos critérios privados nos Estados Unidos, mas advertiu que a proliferação critérios poderá ser contraproducente se estes se tornarem uma fonte de confusão.

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