24/05/2018

Protecção Solar - Perguntas frequentes

Com a aproximação dos dias com mais sol e mais quentes chega também a maior preocupação de escolhermos a protecção solar mais adequada. Normalmente é nesta altura que surgem diversas perguntas e dúvidas. Assim, no sentido de ajudar a responder a essas questões e escolher a melhor protecção solar, aqui fica um pequeno guia de respostas às dúvidas mais frequentes:

P: Como são calculados os índices de protecção solar?
R: O índice de protecção solar, também denominado de Factor de Protecção Solar (FPS) ou Sun Protection Factor (SPF), é hoje em dia o principal instrumento para medir a capacidade de protecção solar de um produto.

Esta designação apresenta a vantagem de ter a mesma definição em todos os países e ser medido de forma padronizada em todo o mundo pelo método de ensaio internacional do factor de protecção solar.

Método de teste: aplicar 2mg protector solar por centímetro quadrado na pele de voluntários que serão submetidos a diferentes doses de UV. 24 horas mais tarde, determina-se a DEM (Dose Eritematosa Mínima), que é a dose mínima de UV para causar vermelhidão da pele. O índice de protecção será definido pela relação entre a DEM na área protegida e na área não protegida. Esta designação (SPF) traduz-se pela relação entre a dose de UV, com e sem creme, que provoca queimaduras solares.

P: É necessário usar protecção solar durante todo ano?
R: Sim, devemos habituar-nos a usar protecção solar diariamente. Os dermatologistas recomendam a utilização de alguma protecção durante todo o ano, pois no exterior estamos sempre expostos à luz UV, independentemente do tempo que esteja. Mesmo sob céu nublado, a radiação UV pode ser prejudicial, especialmente os raios UVA. Com este procedimento é possível prevenir e retardar o envelhecimento da pele e reduzir o risco de cancro da pele.

Sempre que estiver duas horas, ou mais, no exterior, seja a trabalhar trabalho ou em lazer, recomenda-se o uso de alguma protecção solar. Deverá adaptar as suas necessidades ao seu estilo de vida. Uma pessoa de pele clara, que trabalha ao ar livre, por exemplo, deve-se proteger todos os dias, mesmo no inverno.

É importante que o creme tenha um elevado índice de protecção em relação aos UVA, o que não é o caso dos cremes diários a que é adicionado um protector solar químico.

P: Os protectores solares minerais são tóxicos para os ecossistemas marinhos?
R: Já foram realizados vários estudos para avaliar o potencial tóxico de partículas minerais em organismos marinhos. Muitos desses estudos demostraram que os ecrãs minerais não afectam a sobrevivência dos organismos marinhos estudados. Somente nanopartículas, com menos de 30 nm de tamanho e não revestidas, podem mostrar um efeito moderado no crescimento de certas microalgas, e mesmo assim apenas em concentrações muito altas para serem representativas de uma situação ambiental potencial.

Ou seja, a haver toxicidade, esta está inversamente relacionada com o tamanho das partículas. Nenhum estudo, de acordo com a informação que possuimos, revelou toxicidade das partículas de TiO2 (dióxido de titânio) maiores que 145 nm (dimensão das particulas que usamos nos protectores solares Alphanova Sun).

Além disso, todos os resultados indicam que as partículas se agregam rapidamente uma vez em solução. As partículas agregam-se naturalmente quando em meio aquoso formando agregados da ordem de um micrómetro. Estas partículas minerais sedimentam rapidamente sem perturbar a vida aquática e acabam por se fundir com a areia do fundo do mar.
É importante enfatizar que o TiO2 é um mineral natural da areia, assim como o quartzo, por exemplo.



P: Por que é que a pele das crianças requer um creme específico?
R: A pele da criança tem uma estrutura e funções muito próximas da do adulto, mas:

- Algumas funções são imaturas: o pH da pele das crianças é mais alto e a sua função de protecção é menos relevante.
- A relação superfície/peso é quase três vezes maior do que nos adultos: o risco de toxicidade é maior porque a penetração é três vezes maior.
- Algumas características anatómicas funcionais são diferentes: hiper-plasticidade com rede vascular dérmica rica, camada córnea menos espessa, melanócitos menos funcionais, durante o primeiro ano.

Assim, o creme para a pele da criança requer uma formulação específica, porque se a pele é diferente na sua estrutura, também será na sua função. De facto, a pele da criança é mais vulnerável e desempenha menos bem a sua função de protecção natural.

P: Porque é que os protectores solares biológicos normalmente deixam a pele mais branca e são mais espessos?
R: Estes protectores solares são produzidos com pigmentos minerais que têm a característica de serem brancos. Por isso todos os cremes baseados em filtros (ecrãs) minerais são brancos.

Os filtros minerais interpõem-se em finas camadas entre a pele e os raios, funcionando como um "espelho", reflectindo a radiação solar, e têm um forte poder de cobertura. Estes pigmentos são muito bem tolerados e têm a vantagem de não causar efeitos colaterais de tolerância ou toxicidade, mas também de não serem poluentes. Estes filtros naturais protegem a pele em relação a toda a gama de raios UV e são eficazes a partir da aplicação, uma vez que reflectem os raios UV da pele.

A quantidade de filtros é tanto maior quanto maior for o grau de protecção que o creme proporciona, o que por vezes torna a textura do creme mais espessa. Contudo, estas são restrições que se aceitam facilmente, devido aos riscos associados ao uso de filtros solares químicos.

P: O que significa "antioxidante"?
R: Um antioxidante é uma molécula que diminui ou impede a oxidação de outros produtos químicos. A oxidação causa radicais livres que, por sua vez, levam a reacções destrutivas em cadeia. A acção dos antioxidantes é capaz de bloquear essas reações em cadeia e impedir a acção dos radicais livres. De facto, os antioxidantes ligam-se aos radicais livres e realizando com eles uma reacção de oxidação, o que os torna inofensivos.

Ocorrem constantemente reacções antioxidantes no nosso corpo que consomem as nossas "reservas" de antioxidantes que vamos obtendo através da dieta. Estas "reservas" podem ser complementadas por acções antioxidantes a nível cutâneo.

P: O que significa "radicais livres"?
R: Os radicais livres são moléculas de oxigênio instáveis e incompletas que são libertadas especialmente durante a exposição aos raios UV. Os radicais livres tentam-se ligar a elementos das nossas células para se completarem, mas acabam por danificar as nossas células saudáveis. Os radicais livres (Cell Killer) causam danos significativos porque causam a oxidação de tecidos e células, um pouco como a ferrugem no metal. São tóxicos e atacam o ADN, modificando o funcionamento da célula ou matando-a.

Quando a produção de radicais livres se torna muito grande, as nossas reservas naturais de antioxidantes não são capazes de neutralizar o efeito prejudicial da oxidação dos nossos tecidos e células pelos radicais livres.

Os radicais livres estão envolvidos nos fenómenos do envelhecimento da pele, mas também no aparecimento de outras doenças.

R: A escolha depende principalmente da intensidade da radiação solar a que a sua pele vai estar exposta e do seu tipo de pele. De facto, em algumas situações extremas, praia e montanha, recomenda-se escolher uma protecção alta (30 ou 50) por causa da intensidade da radiação que é combinada com um reflexo significativo de areia ou neve. Isso para todos os tipos de pele.

Protecções médias e baixas podem ser usadas em situações de luz solar diária para as peles mais escuras. Para peles leitosas e claras, protecções fortes e muito fortes são sempre recomendadas.


P: Qual a diferença entre radiação UVA e UVB?
R: Os raios são classificados de acordo com seu comprimento de onda. Quanto menor o comprimento de onda, menor é o poder de penetração na pele, mas mais prejudicial é.

Os raios UVB, de comprimento de onda médio, não penetram além das camadas superficiais da pele. Estes raios são responsáveis pelas queimaduras solares e por promover o envelhecimento da pele.

Os raios UVA têm comprimentos de onda longo e penetram nas camadas mais profundas da pele. Estes raios são responsáveis pelo efeito bronzeador imediato, induzem o envelhecimento da pele e podem favorecer o aparecimento de cancros cutâneos.