Um artigo publicado na edição de Setembro/Outubro da revista “Organic Processing” demonstra bem qual a razão que nos levou e continua a levar a querer trabalhar com os produtos da Aubrey Organics. Por isso não resistimos a traduzir alguns dos parágrafos que nos parecem mais esclarecedores do que esta marca e os seus produtos são e representam para mercado dos cuidados pessoais e cosmética biológica e natural.
De acordo com um estudo do EWG (Environmental Working Group), em 24 horas, uma mulher média usa cerca de 12 produtos de cuidados corporais que podem conter um total de 160 ingredientes químicos sintéticos diferentes.
O objectivo de Aubrey Hampton é reduzir o número 160 para zero. “Eu quero que todos os produtos cosméticos e de cuidados corporais tenham uma alternativa biológica ou natural.”
Habitualmente chamado pai da cosmética biológica e natural, Hampton foi uma das primeiras vozes, desta indústria, a falar contra o uso de produtos petroquímicos e outros produtos sintéticos nocivos em produtos cosméticos, e ao longo dos anos escreveu diversos livros sobre este tema. Quando fundou a Aubrey Organics, em 1967, foi a primeira empresa de cuidados pessoais e cosmética a apresentar a descrição de todos os ingredientes nas embalagens dos produtos. Mais tarde, “forçou” a FDA (Food and Drug Administration) a exigir que todos os fabricantes de produtos de cuidados pessoais e cosmética fizessem o mesmo.
Em 1994, a Aubrey Organics foi a primeira empresa de cuidados pessoais e cosmética a ter uma unidade de produção biologicamente certificada, tendo criado os primeiros produtos biológicos, certificados por terceiros, mesmo antes do NOP (National Organic Program) ter existido. Após o aparecimento do NOP, estes produtos foram os primeiros a serem, voluntariamente, submetidos à certificação para obterem o logótipo de certificação “USDA – Organic”.
Enquanto Hampton trabalhava para estabelecer a autenticidade nos produtos cosméticos e de cuidados pessoais, outros aproveitavam-se do facto de não existir qualquer regulamentação oficial para lançarem no mercado produtos denominados “biológicos”, que na realidade não continham nenhum ingrediente de produção biológica. Mais grave, muitos destes produtos continham produtos químicos sintéticos, alguns dos quais conhecidos como carcinogéneos.
(…)
Criar com a natureza
Porquê usar algo sintético quando algo natural pode funcionar muito melhor? O facto, de tantas empresas insistirem em usar produtos químicos sintéticos sem ser necessário, sempre fez Hampton coçar a cabeça. Hampton, um ervanário com um doutoramento em química orgânica, começou por trabalhar para diversas grandes empresas convencionais mas, com um pai dedicado à agricultura biológica e uma mãe que produzia os seus cosméticos naturais, os seus ideais colidiam com os dos seus patrões que, como todas as grandes empresas, tinham o hábito de confiar em petroquímicos e outros produtos carcinogéneos sintéticos. “Eu fazia produtos naturais mas, independentemente de estes funcionarem bem, eles queriam sempre adicionar químicos sintéticos a tudo”, diz Aubrey Hampton.
Depois de descobrir mais sobre os efeitos nocivos de alguns destes produtos químicos, decidiu iniciar a sua própria actividade, começando por desenvolver preparados biológicos e naturais, na sua cozinha. A sua abordagem era, procurar o melhor da natureza e usar estes itens em conjunto numa sinergia natural. A filosofia de Hampton é que cada vez que se acrescenta alguma coisa sintética à mistura, de forma a obter um determinado desempenho, isso é “sinergia forçada”.
Trabalhar com ingredientes naturais e, de entre estes, com o máximo possível de ingredientes biológicos. Hampton sempre usou o seu conhecimento da química própria da natureza, combinado com processamento mínimo, para dar origem mais de 250 produtos cosméticos naturais e/ou biológicos que, segundo ele, funcionam tão bem ou melhor que as versões sintéticas.
(…)
Descobrindo ingredientes importantes
Em vez de perder tempo a forçar sinergias com químicos sintéticos, a Aubrey Organics procura ingredientes naturais que possuam uma funcionalidade inerente. Olhemos para a proteína da quinoa, por exemplo – os investigadores da Aubrey verificaram uma viscosidade natural na proteína e pensaram, “para que é que podemos usar isto… e se fosse um spray para o cabelo?” Este é o tipo de pensamento que levou a todo o tipo de descobertas de ingredientes importantes, muitos dos quais foram o centro das atenções nos média, incluindo centenas de menções em revistas e apresentações em shows, como o do Dr. Oz. Inclusive a indústria cosmética convencional deu conta de muitas destas soluções naturais, incorporando-as na composição dos seus produtos. Entre os ingredientes que a Aubrey Organics foi responsável por trazer para o mercado contam-se: óleo de jojoba (1972), extracto de toranja e conservante anti-oxidante (1974), Óleo de sementes de botões de Rosa Mosqueta (1986), gomas vegetais e vitamina B5 (1988), chá verde matcha (1995), espirulina (blue green algae) e extracto de sementes de uva (1999), óleo de hipofaé (sea buckthorn) e ester C tópico (1999).
Um dos ingredientes em que Hampton tem mais orgulho é a Rosa Mosqueta, particularmente o óleo de Rosa Mosqueta que é obtido a partir das sementes dos botões da rosa. Um amigo que estava a fazer investigação na América do Sul disse-lhe que os nativos usavam, para rejuvenescer a pele, o óleo de uma rosa rara que crescia nos Andes. Chamavam-lhe Rosa Mosqueta, ou “face de rosa”. Hampton, após verificar pessoalmente os resultados, passou a incorporá-lo em diversos dos seus produtos (ver - Da ideia ao produto – entrevista a Aubrey Hampton), tendo sido posteriormente seguido por outros fabricantes que o denominavam por óleo de sementes de botões de rosa. “Rosa Mosqueta” é uma marca registada pela Aubrey Organics. (…) Hoje, os benefícios deste ingrediente são suportados por diversos estudos científicos independentes que demonstram as suas excelentes propriedades na regeneração da pele e na prevenção do envelhecimento prematuro da pele. É também excelente para ajudar a diminuir cicatrizes cirúrgicas e traumáticas, rugas, descolorações ou hiper-pigmentação da pele (ver - Óleo de sementes de Rosa Mosqueta - Um presente da Mãe Natureza)
(…)
Activismo pelos animais
Para além de ser líder na área da cosmética biológica e natural, no início dos anos 90, a Aubrey Organics foi também uma das primeiras empresas a merecer o logótipo oficial (o coelho) da “People for Ethical Treatment of Animals”, demonstrando o seu empenho na produção e promoção dos cuidados pessoais e da cosmética “cruelty-free”. Hoje esta certificação é gerida pela CCIC (Coalition for Consumer Information in Cosmetics), um grupo de oito organizações americanas de protecção dos animais. Aubrey Hampton foi também considerado “Activist of the Year”, em 1990, pela “Culture and Animals Foundation”.
(…)
Orientado para o futuro
Enquanto observamos a evolução relativa à regulamentação de produtos cosméticos e cuidados pessoais, Hampton e a Aubrey Organics vão continuar a desempenhar o seu papel através da inovação, provando ao mundo que os produtos químicos sintéticos, simplesmente, não fazem falta para criar um excelente produto cosmético. Até que exista uma alternativa biológica e natural para todos os ingredientes cosméticos sintéticos disponíveis no mercado, o trabalho da Aubrey Organics não está concluído.
Para ler o artigo original clique AQUI.
Copyright rita c. Reprodução permitida desde que indicando o endereço:
http://osprodutosnaturais.blogspot.com/2011/05/revista-organic-processing-aubrey.html
O objectivo de Aubrey Hampton é reduzir o número 160 para zero. “Eu quero que todos os produtos cosméticos e de cuidados corporais tenham uma alternativa biológica ou natural.”
Habitualmente chamado pai da cosmética biológica e natural, Hampton foi uma das primeiras vozes, desta indústria, a falar contra o uso de produtos petroquímicos e outros produtos sintéticos nocivos em produtos cosméticos, e ao longo dos anos escreveu diversos livros sobre este tema. Quando fundou a Aubrey Organics, em 1967, foi a primeira empresa de cuidados pessoais e cosmética a apresentar a descrição de todos os ingredientes nas embalagens dos produtos. Mais tarde, “forçou” a FDA (Food and Drug Administration) a exigir que todos os fabricantes de produtos de cuidados pessoais e cosmética fizessem o mesmo.
Em 1994, a Aubrey Organics foi a primeira empresa de cuidados pessoais e cosmética a ter uma unidade de produção biologicamente certificada, tendo criado os primeiros produtos biológicos, certificados por terceiros, mesmo antes do NOP (National Organic Program) ter existido. Após o aparecimento do NOP, estes produtos foram os primeiros a serem, voluntariamente, submetidos à certificação para obterem o logótipo de certificação “USDA – Organic”.
Enquanto Hampton trabalhava para estabelecer a autenticidade nos produtos cosméticos e de cuidados pessoais, outros aproveitavam-se do facto de não existir qualquer regulamentação oficial para lançarem no mercado produtos denominados “biológicos”, que na realidade não continham nenhum ingrediente de produção biológica. Mais grave, muitos destes produtos continham produtos químicos sintéticos, alguns dos quais conhecidos como carcinogéneos.
(…)
Criar com a natureza
Porquê usar algo sintético quando algo natural pode funcionar muito melhor? O facto, de tantas empresas insistirem em usar produtos químicos sintéticos sem ser necessário, sempre fez Hampton coçar a cabeça. Hampton, um ervanário com um doutoramento em química orgânica, começou por trabalhar para diversas grandes empresas convencionais mas, com um pai dedicado à agricultura biológica e uma mãe que produzia os seus cosméticos naturais, os seus ideais colidiam com os dos seus patrões que, como todas as grandes empresas, tinham o hábito de confiar em petroquímicos e outros produtos carcinogéneos sintéticos. “Eu fazia produtos naturais mas, independentemente de estes funcionarem bem, eles queriam sempre adicionar químicos sintéticos a tudo”, diz Aubrey Hampton.
Depois de descobrir mais sobre os efeitos nocivos de alguns destes produtos químicos, decidiu iniciar a sua própria actividade, começando por desenvolver preparados biológicos e naturais, na sua cozinha. A sua abordagem era, procurar o melhor da natureza e usar estes itens em conjunto numa sinergia natural. A filosofia de Hampton é que cada vez que se acrescenta alguma coisa sintética à mistura, de forma a obter um determinado desempenho, isso é “sinergia forçada”.
Trabalhar com ingredientes naturais e, de entre estes, com o máximo possível de ingredientes biológicos. Hampton sempre usou o seu conhecimento da química própria da natureza, combinado com processamento mínimo, para dar origem mais de 250 produtos cosméticos naturais e/ou biológicos que, segundo ele, funcionam tão bem ou melhor que as versões sintéticas.
(…)
Descobrindo ingredientes importantes
Em vez de perder tempo a forçar sinergias com químicos sintéticos, a Aubrey Organics procura ingredientes naturais que possuam uma funcionalidade inerente. Olhemos para a proteína da quinoa, por exemplo – os investigadores da Aubrey verificaram uma viscosidade natural na proteína e pensaram, “para que é que podemos usar isto… e se fosse um spray para o cabelo?” Este é o tipo de pensamento que levou a todo o tipo de descobertas de ingredientes importantes, muitos dos quais foram o centro das atenções nos média, incluindo centenas de menções em revistas e apresentações em shows, como o do Dr. Oz. Inclusive a indústria cosmética convencional deu conta de muitas destas soluções naturais, incorporando-as na composição dos seus produtos. Entre os ingredientes que a Aubrey Organics foi responsável por trazer para o mercado contam-se: óleo de jojoba (1972), extracto de toranja e conservante anti-oxidante (1974), Óleo de sementes de botões de Rosa Mosqueta (1986), gomas vegetais e vitamina B5 (1988), chá verde matcha (1995), espirulina (blue green algae) e extracto de sementes de uva (1999), óleo de hipofaé (sea buckthorn) e ester C tópico (1999).
Um dos ingredientes em que Hampton tem mais orgulho é a Rosa Mosqueta, particularmente o óleo de Rosa Mosqueta que é obtido a partir das sementes dos botões da rosa. Um amigo que estava a fazer investigação na América do Sul disse-lhe que os nativos usavam, para rejuvenescer a pele, o óleo de uma rosa rara que crescia nos Andes. Chamavam-lhe Rosa Mosqueta, ou “face de rosa”. Hampton, após verificar pessoalmente os resultados, passou a incorporá-lo em diversos dos seus produtos (ver - Da ideia ao produto – entrevista a Aubrey Hampton), tendo sido posteriormente seguido por outros fabricantes que o denominavam por óleo de sementes de botões de rosa. “Rosa Mosqueta” é uma marca registada pela Aubrey Organics. (…) Hoje, os benefícios deste ingrediente são suportados por diversos estudos científicos independentes que demonstram as suas excelentes propriedades na regeneração da pele e na prevenção do envelhecimento prematuro da pele. É também excelente para ajudar a diminuir cicatrizes cirúrgicas e traumáticas, rugas, descolorações ou hiper-pigmentação da pele (ver - Óleo de sementes de Rosa Mosqueta - Um presente da Mãe Natureza)
(…)
Activismo pelos animais
Para além de ser líder na área da cosmética biológica e natural, no início dos anos 90, a Aubrey Organics foi também uma das primeiras empresas a merecer o logótipo oficial (o coelho) da “People for Ethical Treatment of Animals”, demonstrando o seu empenho na produção e promoção dos cuidados pessoais e da cosmética “cruelty-free”. Hoje esta certificação é gerida pela CCIC (Coalition for Consumer Information in Cosmetics), um grupo de oito organizações americanas de protecção dos animais. Aubrey Hampton foi também considerado “Activist of the Year”, em 1990, pela “Culture and Animals Foundation”.
(…)
Orientado para o futuro
Enquanto observamos a evolução relativa à regulamentação de produtos cosméticos e cuidados pessoais, Hampton e a Aubrey Organics vão continuar a desempenhar o seu papel através da inovação, provando ao mundo que os produtos químicos sintéticos, simplesmente, não fazem falta para criar um excelente produto cosmético. Até que exista uma alternativa biológica e natural para todos os ingredientes cosméticos sintéticos disponíveis no mercado, o trabalho da Aubrey Organics não está concluído.
Para ler o artigo original clique AQUI.
Copyright rita c. Reprodução permitida desde que indicando o endereço:
http://osprodutosnaturais.blogspot.com/2011/05/revista-organic-processing-aubrey.html
Mensagens
Sem comentários:
Enviar um comentário