P: Como são calculados os índices de protecção solar?
R: O índice de
protecção solar, também denominado de Factor de Protecção Solar (FPS) ou Sun
Protection Factor (SPF ), é hoje em dia o
principal instrumento para medir a capacidade de protecção solar de um produto.
Esta designação
apresenta a vantagem de ter a mesma definição em todos os países e ser medido
de forma padronizada em todo o mundo pelo método de ensaio internacional do factor
de protecção solar.
Método de teste:
aplicar 2mg protector solar por centímetro quadrado na pele de voluntários que
serão submetidos a diferentes doses de UV. 24 horas mais tarde, determina-se a
DEM (Dose Eritematosa Mínima),
que é a dose mínima de UV para causar vermelhidão da pele. O índice de
protecção será definido pela relação entre a DEM na área protegida e na área não
protegida. Esta designação (SPF ) traduz-se pela
relação entre a dose de UV, com e sem creme, que provoca queimaduras solares.
P: É necessário usar protecção solar durante todo ano?
R: Sim, devemos
habituar-nos a usar protecção solar diariamente. Os dermatologistas recomendam a
utilização de alguma protecção durante todo o ano, pois no exterior estamos sempre
expostos à luz UV, independentemente do tempo que esteja. Mesmo sob céu
nublado, a radiação UV pode ser prejudicial, especialmente os raios UVA. Com
este procedimento é possível prevenir e retardar o envelhecimento da pele e
reduzir o risco de cancro da pele.
Sempre que estiver
duas horas, ou mais, no exterior, seja a trabalhar trabalho ou em lazer,
recomenda-se o uso de alguma protecção solar. Deverá adaptar as suas
necessidades ao seu estilo de vida. Uma pessoa de pele clara, que trabalha ao
ar livre, por exemplo, deve-se proteger todos os dias, mesmo no inverno.
É importante que o
creme tenha um elevado índice de protecção em relação aos UVA, o que não é o caso
dos cremes diários a que é adicionado um protector solar químico.
P: Os protectores solares minerais são tóxicos para os ecossistemas
marinhos?
R: Já foram
realizados vários estudos para avaliar o potencial tóxico de partículas
minerais em organismos marinhos. Muitos desses estudos demostraram que os ecrãs
minerais não afectam a sobrevivência dos organismos marinhos estudados. Somente
nanopartículas, com menos de 30 nm de tamanho e não revestidas, podem mostrar
um efeito moderado no crescimento de certas microalgas, e mesmo assim apenas em
concentrações muito altas para serem representativas de uma situação ambiental
potencial.
Ou seja, a haver
toxicidade, esta está inversamente relacionada com o tamanho das partículas.
Nenhum estudo, de acordo com a informação que possuimos, revelou toxicidade das
partículas de TiO2 (dióxido de titânio) maiores que 145 nm (dimensão das
particulas que usamos nos protectores solares Alphanova Sun).
Além disso, todos
os resultados indicam que as partículas se agregam rapidamente uma vez em solução.
As partículas agregam-se naturalmente quando em meio aquoso formando agregados
da ordem de um micrómetro. Estas partículas minerais sedimentam rapidamente sem
perturbar a vida aquática e acabam por se fundir com a areia do fundo do mar.
É importante
enfatizar que o TiO2 é um mineral natural da areia, assim como o quartzo, por
exemplo.
P: Por que é que a pele das crianças requer um creme específico?
R: A pele da
criança tem uma estrutura e funções muito próximas da do adulto, mas:
- Algumas funções
são imaturas: o pH da pele das crianças é mais alto e a sua função de protecção
é menos relevante.
- A relação
superfície/peso é quase três vezes maior do que nos adultos: o risco de
toxicidade é maior porque a penetração é três vezes maior.
- Algumas
características anatómicas funcionais são diferentes: hiper-plasticidade com
rede vascular dérmica rica, camada córnea menos espessa, melanócitos menos
funcionais, durante o primeiro ano.
Assim, o creme para
a pele da criança requer uma formulação específica, porque se a pele é
diferente na sua estrutura, também será na sua função. De facto, a pele da
criança é mais vulnerável e desempenha menos bem a sua função de protecção
natural.
P: Porque é que os protectores solares biológicos
normalmente deixam a pele mais branca e são mais espessos?
R: Estes protectores
solares são produzidos com pigmentos minerais que têm a característica de serem
brancos. Por isso todos os cremes baseados em filtros (ecrãs) minerais são
brancos.
Os filtros minerais
interpõem-se em finas camadas entre a pele e os raios, funcionando como um
"espelho", reflectindo a radiação solar, e têm um forte poder de
cobertura. Estes pigmentos são muito bem tolerados e têm a vantagem de não
causar efeitos colaterais de tolerância ou toxicidade, mas também de não serem
poluentes. Estes filtros naturais protegem a pele em relação a toda a gama de
raios UV e são eficazes a partir da aplicação, uma vez que reflectem os raios UV da pele.
A quantidade de
filtros é tanto maior quanto maior for o grau de protecção que o creme
proporciona, o que por vezes torna a textura do creme mais espessa. Contudo,
estas são restrições que se aceitam facilmente, devido aos riscos associados ao
uso de filtros solares químicos.
P: O que significa "antioxidante"?
R: Um antioxidante
é uma molécula que diminui ou impede a oxidação de outros produtos químicos. A
oxidação causa radicais livres que, por sua vez, levam a reacções destrutivas
em cadeia. A acção dos antioxidantes é capaz de bloquear essas reações em
cadeia e impedir a acção dos radicais livres. De facto, os antioxidantes ligam-se
aos radicais livres e realizando com eles uma reacção de oxidação, o que os
torna inofensivos.
Ocorrem
constantemente reacções antioxidantes no nosso corpo que consomem as nossas
"reservas" de antioxidantes que vamos obtendo através da dieta. Estas
"reservas" podem ser complementadas por acções antioxidantes a nível
cutâneo.
P: O que significa "radicais livres"?
R: Os radicais
livres são moléculas de oxigênio instáveis e incompletas que são libertadas
especialmente durante a exposição aos raios UV. Os radicais livres tentam-se
ligar a elementos das nossas células para se completarem, mas acabam por
danificar as nossas células saudáveis. Os radicais livres (Cell Killer) causam
danos significativos porque causam a oxidação de tecidos e células, um pouco como
a ferrugem no metal. São tóxicos e atacam o ADN, modificando o funcionamento da
célula ou matando-a.
Quando a produção
de radicais livres se torna muito grande, as nossas reservas naturais de
antioxidantes não são capazes de neutralizar o efeito prejudicial da oxidação dos
nossos tecidos e células pelos radicais livres.
Os radicais livres
estão envolvidos nos fenómenos do envelhecimento da pele, mas também no
aparecimento de outras doenças.
R: A escolha
depende principalmente da intensidade da radiação solar a que a sua pele vai
estar exposta e do seu tipo de pele. De facto, em algumas situações extremas,
praia e montanha, recomenda-se escolher uma protecção alta (30 ou 50) por causa
da intensidade da radiação que é combinada com um reflexo significativo de
areia ou neve. Isso para todos os tipos de pele.
Protecções médias e
baixas podem ser usadas em situações de luz solar diária para as peles mais
escuras. Para peles leitosas e claras, protecções fortes e muito fortes são
sempre recomendadas.
P: Qual a diferença entre radiação UVA e UVB?
R: Os raios são classificados de acordo com seu comprimento de onda. Quanto menor o comprimento
de onda, menor é o poder de penetração na pele, mas mais prejudicial é.
Os raios UVB, de
comprimento de onda médio, não penetram além das camadas superficiais da pele. Estes
raios são responsáveis pelas queimaduras solares e por promover o
envelhecimento da pele.
Os raios UVA têm
comprimentos de onda longo e penetram nas camadas mais profundas da pele. Estes
raios são responsáveis pelo efeito bronzeador imediato, induzem o
envelhecimento da pele e podem favorecer o aparecimento de cancros cutâneos.