26/11/2008

Anatomia de um champô II – A opção natural!

Na sequência do artigo ”Anatomia de um Champô I – O que não queremos!”, e aproveitando, desta vez, o mote dado por um artigo que encontrei sobre champôs da Aubrey Organics, aqui fica uma reflexão sobre as alternativas que temos ao nosso alcance sem ser necessário um esforço muito grande.

Fonte: traduzido e adaptado a partir do artigo ”Review of Aubrey Organics 100 Percent Natural Shampoo” in NaturalNews.com (www.naturalnews.com/024296.html
) por Aria Milan.

Todos os tipos de cuidados corporais são importantes pelo facto da pele absorver qualquer coisa que se aplique no corpo. Isto também é verdade para o couro cabeludo. Muitas pessoas preocupam-se com o que o seu corpo absorve através da alimentação, mas não consideram a pele como um meio de absorção. Além das consequências na nossa saúde, há ainda que considerar as consequências no nosso aspecto. Encaremos a realidade, pele e os cabelos saudáveis serão sempre pele e cabelos bonitos. Por isso é importante escolhermos um champô e amaciador que não só é seguro a longo prazo (em termos de saúde), mas também nos dá resultados atractivos.


A maioria dos champôs vendidos nas lojas convencionais está repleta de substâncias químicas sintéticas tóxicas e fragrâncias. Estas substâncias são baratas para as empresas que fabricam os produtos, mas são perigosas para as pessoas que usam esses mesmos produtos. O que a maioria das pessoas não se apercebe é que grande parte dos champôs e amaciadores que se encontram à venda em farmácias, ervanárias e muitas lojas de produtos biológicos também contêm estas substâncias tóxicas, alguns podem conter menos destas substâncias mas, muitos, estão longe de serem seguros.


O ingrediente Laureth Sulfato de Sódio (SLS), bem como os seus derivados mais comuns, são produtos químicos industriais extremamente tóxicos e são conhecidos por enfraquecerem o cabelo. O seu uso continuado pode levar à perda de cabelo. O curioso é que, devido à atmosfera altamente persuasiva e a campanhas de marketing extremamente efectivas, que procuram levar as pessoas a ficarem emocionalmente ligadas a uma marca, estas continuam a utilizar o mesmo champô mesmo depois de começarem a perder cabelo. Isto não faz qualquer sentido para qualquer pessoa minimamente conscienciosa, contudo, as pessoas estão condicionadas a terem este procedimento.


Com a publicidade muito direccionada para condicionar a escolha do consumidor típico, há muito pouco incentivo para que as grandes empresas de champôs se preocupem em utilizar ingredientes naturais e mais saudáveis. Contudo, os consumidores estão a tornar-se mais conscientes acerca dos produtos que compram. Isto levou ao crescimento do sector da produção de produtos capilares saudáveis baseados em plantas e minerais.
Assim, sem acrescentar mais nada, vamos lançar um olhar sobre uma empresa que produz champôs e amaciadores que realçam o brilho natural do cabelo das pessoas, apenas contendo ingredientes 100% naturais e não tóxicos. Esta empresa chama-se Aubrey Organics (http://www.aubrey-organics.com/
) e é representada em Portugal por rita c (http://www.rita-c.com/). Há champôs e amaciadores para todos os tipos de cabelo: seco, oleoso, normal e para cuidados especiais. Dentro de cada uma destas categorias há ainda uma escolha de produtos que vai ao encontro das necessidades particulares do cabelo de qualquer pessoa. Por exemplo, se o seu cabelo é seco e quebradiço o Champô Hidratante de Madressilva e Rosa - Honeysuckle Rose® fornece-lhe o que necessita através de ingredientes como o óleo de Rosa Mosqueta biológica, um nutriente e hidratante que melhora a textura do cabelo; aloé vera biológico, que restaura a hidratação; e madressilva que adiciona um ligeiro e suave aroma floral ao cabelo.


Por outro lado, se é uma pessoa com um estilo de vida activo e o seu cabelo requer cuidados especiais, o champô adequado será o Champô Regularizador – Swimmer’s Normalizing, elaborado à medida das necessidades de atletas e pessoas com um estilo de vida extremamente activo. Este champô, de acordo com o referido no rótulo, é formulado com melaço de milho biológico e ajuda a remover o cloro, minerais e outras impurezas que podem tornar o cabelo seco, quebradiço e descolorado. É também ideal para pessoas com o cabelo louro, grisalho ou pintado.
Cada champô é formulado especificamente para cada tipo de cabelo, existe ainda um amaciador correspondente para reforçar o efeito de beleza desejado.


Existem listas de produtos químicos tóxicos a evitar, habitualmente encontrados nos produtos para o cabelo (Aprender a ler rótulos, para não comprar o que não quermos!). No entanto, uma regra simples para quem não está identificado com estas questões é, se não consegue pronunciar o nome do ingrediente e este não lhe soa a familiar, provavelmente é um produto químico sintético.
Os champôs e amaciadores Aubrey Organics são produzidos a partir de ingredientes naturais e veganos e não são testados em animais.


Seja naturalmente bela! (Look beautiful naturally!)



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04/11/2008

As primeiras empresas a obterem a certificação natural da NPA.

Para todos os que se interessam pela qualidade dos produtos que utilizam, aqui fica uma nota que demonstra a importância dada na Europa e nos Estados Unidos à certificação dos produtos naturais.
Quando os organismos oficiais não legislam e por isso os cidadãos não conseguem realmente saber o que estão a comprar (voltamos aqui à velha questão do que é realmente natural e biológico), as empresas privadas, através de associações, têm que criar mecanismos para garantir a qualidade dos produtos, e mais, garantir que os produtos são realmente o que afirmam ser.
Essa qualidade é garantida através de certificações atribuídas por organismos idóneos como o Ecocert, o BDIH, e agora no caso dos Estados Unidos, a NPA.

Fonte: traduzido a partir do artigo “NPA announces first companies to gain natural certification” in Cosmeticsdesign.com, 16 de Outubro de 2008.

A Associação de Produtos Naturais (NPA – Natural Products Association) divulga o nome das primeiras empresas a obterem a certificação natural.
Por Guy Montague-Jones

O mercado e os consumidores de PCHC (Produtos Cosméticos e de Higiene Pessoal) nos Estados Unidos têm sido fracamente servidos pelos organismos certificadores, contudo, no último ano um número considerável de organismos privados foram definindo os seus próprios critérios de certificação.
Em Maio a NPA lançou o seu programa de certificação para produtos naturais e agora publica os nomes das primeiras empresas a cumprirem todos os critérios e que obtiveram o direito a utilizar o selo de aprovação da NPA para Produtos Naturais.

Empresas que adoptaram os novos critérios.
A Aubrey Organics, Burt’s Bees e J.R. Watkins cumpriram todas as exigências e em breve vão lançar os seus produtos recentemente certificados de acordo com os novos critérios.
Para obter esta certificação estas empresas tiveram que cumprir estritamente as regras definidas pelo organismo certificador.
De forma notável é exigido que 95% dos ingredientes sejam provenientes de fontes naturais, estando em linha com as normas definidas pelo EcoCert e com o critério proposto para harmonizar as normas europeias de cosméticos naturais.

Proliferação de critérios e controvérsia.
Em contraste com o que está a acontecer na Europa, onde os organismos certificadores estam cada vez mais próximo de harmonizar as suas normas, nos Estados Unidos são criados com regularidade critérios privados, diferentes entre si, o que provoca alguma tensão e desentendimento.
A empresa Dr Bronner’s Magic Soap chegou ao ponto de instaurar um processo legal contra a Organic and Sustainable Industry Standards (OASIS), que representa algumas das algumas das maiores empresas de cosméticos biológicos como a Aveda e a Hain Celestial.
Esta empresa adverte que a OASIS publicita falsamente produtos como sendo biológicos quando na verdade estes contêm ingredientes provenientes de agricultura convencional ou petroquímicos.
Este tipo de conflitos internos só prejudicam a imagem da indústria de cosméticos naturais e biológicos, aos olhos dos consumidores, e pode vir a criar ainda mais confusão quanto ao que genuinamente é um produto natural e biológico.
No inicio do ano, a empresa de estudos de mercado Organic Monitor saudou a criação de novos critérios privados nos Estados Unidos, mas advertiu que a proliferação critérios poderá ser contraproducente se estes se tornarem uma fonte de confusão.

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23/09/2008

Algumas questões acerca de metilmercúrio no peixe e marisco.

Bem sei que não é o artigo mais provável de se encontrar num blog sobre produtos naturais mas, na procura por um estilo de vida mais saudável e sustentável, por vezes estamos na fase em que já eliminamos algumas coisas da nossa alimentação (carne por exemplo) estando, por isso, dependentes de outras. É, principalmente, para essas pessoas que este artigo é dirigido.


O que é o metilmercúrio e quais as razões da nossa preocupação?

O metilmercúrio é uma forma de mercúrio que, segundo estudos, pode causar danos a um feto em desenvolvimento ou ao sistema nervoso de crianças pequenas, com efeitos nas funções cognitivas, motoras e sensoriais.
Os riscos dependem da quantidade de peixes e frutos do mar ingeridos e dos níveis de metilmercúrio neles contidos. Quanto maior for a quantidade de metilmercúrio acumulada na corrente sanguínea de uma pessoa maior será o tempo de exposição, e quanto mais jovem for a pessoa mais acentuados podem ser os efeitos.

Se é uma mulher grávida, mulher em idade de engravidar, mãe que está amamentando ou uma criança pequena, saiba que os organismos governamentais Americanos FDA e EPA (respectivamente Food and Drug Administration e Environmental Protection Agency) estão a aconselhar que se evite o consumo de peixes que possam conter elevados níveis de mercúrio.
Como os efeitos de excesso de mercúrio também podem ocorrer em mulheres que não estão em idade de engravidar e em homens, é aconselhado que o consumo de peixe, de espécies que possam conter elevados níveis de mercúrio, seja ocasional.

Como é que o metilmercúrio se acumula no peixe?

Apesar de o mercúrio surgir naturalmente no meio ambiente, a fonte primária do metilmercúrio, encontrado no peixe, é a poluição industrial. Através da chuva, neve, etc., o mercúrio pode-se acumular em ribeiros, rios, lagos e oceanos onde, através da acção de organismos anaeróbicos, é transformado quimicamente em metilmercúrio, o qual pode ser tóxico. Os peixes absorvem o metilmercúrio ao alimentarem-se de organismos aquáticos. Peixes maiores e com uma vida mais longa alimentam-se de outros peixes, ao longo da sua vida, acumulando assim níveis maiores de metilmercúrio. O facto de o peixe ser cozinhado ou exposto ao calor não reduz os níveis de mercúrio.

De acordo com os resultados do estudo Toxicolological Effects of Methylmercury (2000), a National Academy of Sciences afirma:

“Devido aos benefícios devidos ao consumo de peixe, o objectivo a longo prazo necessita de ser a redução das concentrações de mercúrio no peixe, em vez da substituição do peixe, na dieta, por outros alimentos. Entretanto, o melhor método de manter o consumo de peixe e minimizar a exposição ao mercúrio é consumir espécies de peixe que se sabe terem concentrações de metilmercúrio mais baixas.”

Quais as espécies de peixe comercialmente disponíveis no mercado que poderão conter elevados níveis de metilmercúrio?

Peixe-espada, cavala, tubarão e peixe batata-do-alto.

E quanto ao Atum?

O atum enlatado é processado a partir de espécies mais pequenas de atum, assim terá níveis de mercúrio mais baixos do que temos nos bifes/filetes de atum ou no atum “branco” (albacora). Em conformidade, o FDA e EPA aconselham a limitar o consumo de bifes/filetes de atum e de atum “branco” (albacora) a cerca de 175 gramas (1 refeição) por semana.

E quanto a outros peixes?

Pode reduzir a exposição ao mercúrio consumindo variedades de peixes que se sabe terem baixos níveis de mercúrio. Enquanto as pessoas fora dos grupos mais vulneráveis e sensíveis da população podem desfrutar de peixes com baixos níveis de mercúrio mais frequentemente, o FDA e EPA recomendam que, mulheres que estão ou possam ficar grávidas e mães que estão amamentando, limitem o consumo de peixe e marisco a cerca de 350 gramas (2 refeições) por semana, de espécies com baixos níveis de mercúrio.

Quais os peixes que são considerados com um baixo nível de mercúrio?

Na generalidade os peixes pequenos têm níveis de mercúrio mais baixos do que os peixes maiores. Quanto maiores e com mais idade forem os espécimes maior é o potencial para elevados níveis de mercúrio nos seus corpos.
As espécies, comercialmente disponíveis, com baixo nível de mercúrio incluem:

Arenque, arinca/alecrim, bacalhau, camarão, caranguejo, lagosta, lavagante, linguado, ostra, peixe-gato, perca do oceano, salmão de aquacultura, salmão selvagem, sardinha, solha, tilapia, truta de aquacultura, truta-arco-íris e vieira.

Além do peixe, que outros alimentos podem fornecer os óleos essenciais gordos ómega 3 que se encontram em quantidades significativas no peixe?

Como alternativa ao consumo de peixe, as cápsulas de suplementos de óleo de peixe purificado fornecem ácidos gordos ómega 3 com baixos níveis de contaminantes. Ovos enriquecidos com ómega 3 são outra solução, e suplementos de ómega 3 à base de micro-algas são uma alternativa para os vegetarianos.

Para mais informação:

http://en.wikipedia.org/wiki/Methylmercury
http://www.epa.gov/waterscience/fish/files/MMBrochurePOR200603.pdf
http://www.epa.gov/waterscience/fish/advice/
http://www.cfsan.fda.gov/~dms/admehg3.html
http://www.cfsan.fda.gov/seafood1.html
http://www.cfsan.fda.gov/~frf/sea-mehg.html

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http://osprodutosnaturais.blogspot.com/2008/09/algumas-questes-acerca-de-metilmercrio.html

20/09/2008

Como comparar produtos naturais com outros?

Quantas marcas de cosméticos, que se intitulam “naturais”, conhece, mas fica totalmente desapontada assim que lê os seus rótulos?
Confirme, com a ajuda desta tabela, os ingredientes que pode encontrar nos cosméticos realmente naturais (e deve procurar na cosmética biológica e natural) e o que eles substituem quando comparados com a cosmética não natural.

Depois é tudo uma questão de opção!

Natural
Não natural

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Cores
Não são usadas cores sintéticas. Óleos naturais, plantas e extractos fornecem aos produtos a sua côr natural.


Cores
Algumas marcas de cosméticos já não usam cores sintéticas, mas a grande maioria ainda o faz. Cuidado com cores designadas por Cl, D&C e FD&C, que são substâncias desnecessárias e muitas vezes susceptíveis de serem cancerígenas.

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Emolientes
Para se obter uma base natural de absorção suave são empregues ácidos gordos essenciais, aloé vera ou óleos de plantas.

Emolientes
Petróleo refinado e seus derivados são muito utilizados. Petrolato, óleo mineral e parafina são alguns dos que devem ser evitados.
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Emulsionantes
As emulsões - a combinação uniforme de óleos e água - podem ser mantidas naturalmente de várias formas. Uma delas é através da mistura de glicerina vegetal e álcool natural de cereais. Outra, pode ser simples acto de “Agitar bem antes de usar”, os produtos, para que estes se emulsionem, como se vê referido tantas vezes em rótulos de produtos, realmente, naturais.

Emulsionantes
Propileno glicol (PPG), polietileno glicol (PEG) e trietanolamina (TEA) são emulsionantes petroquímicos sintéticos usados para evitar que os produtos se desagreguem.
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Fragrâncias
Os aromas provêm de óleos essenciais empregues como os de camomila, eucalipto, lavanda, gerânio, etc., muitos deles biológicos, pelas suas propriedades reparadoras e fragrâncias impossíveis de sintetizar.

Fragrâncias
Os componentes das fragrâncias não têm de ser descritos nos rótulos de produtos cosméticos. Se vir “fragrância” num rótulo é provável que seja um sintético barato e não um óleo essencial dispendioso e de alta qualidade.
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Agentes de limpeza/produtores de espuma
Só são usados agentes de limpeza naturais e vegetais, como óleo de côco, óleo de milho ou azeite de Castela. Por vezes são combinados com proteína de soja para aumentar as qualidades de amaciamento e espuma.

Agentes de limpeza/produtores de espuma
Detergentes feitos a partir de petroquímicos estão no topo da lista. Como agentes de limpeza podem encontrar facilmente produtos como Lauril Sulfato de Sódio (SLS), Laureth Sulfato de Sódio SLES, Sulfato de Olefina, Dietanolamina (DEA) e Trietanolamina (TEA).
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Amaciadores de cabelo
As proteínas naturais melhoram a textura, força e maneabilidade do cabelo. Encontrará sempre extractos vegetais, como cavalinha e tussilagem ou emolientes como manteiga de karité, glicerina vegetal e óleos essenciais (jojoba, caroço de alperce, etc.), e aminoácidos que contêm compostos de enxofre.

Amaciadores de cabelo
Compostos de amónio quaternário – também utilizados como amaciadores de tecidos – são encontrados em grandes quantidades na maior parte dos amaciadores.
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Produtos para pentear
São utilizadas gomas vegetais como agentes fixadores (goma arábica, goma de tragacanto, etc.), e pantenol (vitamina B-5), um humectante e espessante natural para o cabelo.

Produtos para pentear
As lacas e gel produzidos em massa contêm PVP/VA copolimeros, membranas plásticas que revestem o cabelo e poluem o ambiente.
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Conservantes
Os extractos de sementes de citrinos, vitaminas A, C e E são os conservantes, naturais, normalmente utilizados. Mais, os produtos são feitos em pequenas quantidades para serem “frescos”.

Conservantes
Usualmente encontra até 5 conservantes sintéticos num rótulo. Os mais vulgares são: metil, butil, etil e propil parabeno, imidazolidinil ureia (marca registada Germall) e Hidantoína MDM (formaldaído).
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05/09/2008

Anatomia de um champô I – O que não queremos!

Encontrei este artigo nos meus arquivos, já tem uns anos mas continua a dar-me que pensar, e não queria deixar de o partilhar com outras pessoas sensibilizadas para estas questões. Acredito que a publicidade ou notícias negativas, nem sempre, são a melhor forma de passar certas informações. Contudo, por vezes, só refletimos sobre determinados assuntos quando somos confrontados com eles desta forma!

Caso a leitura do artigo desperte a sua sensibilidade para procurar produtos mais "verdes" e saudáveis, procurar produtos de cosmética biológica certificada pode ser uma das formas mais simples de garantir que evitamos determinadas substâncias.


Fonte: traduzido e adaptado a partir do artigo “Deadly Shampoos” in Revista The Ecologist de Outubro de 2003.

Champôs mortais. Algumas vez considerou a possibilidade de lavar o seu cabelo com óleo dos travões? Ou que o preço do brilho dos champôs mais populares poderá ser cancro? Por trás do marketing inteligente e dos anuncios agressivos está uma lista de de produtos químicos que estão longe de ser criteriosamente “limpos”.
Por Eugenie Reidy


A Proctor & Gamble (P&G) atribui o sucesso dos seus champôs Herbal Essences ao facto de haver uma procura crescente de produtos que são mais “naturais”. Mas apesar da P&G se gabar que Herbal Essences contém “extractos vegetais e botânicos naturais que chegam até nós em pura água mineral da montanha”, os champôs na realidade contêm ingredientes perigosos baseados em petroquímicos sintéticos.
Dez dos doze ingredientes descritos aqui estão relacionados com pelo menos um dos seguintes problemas: cancro, disturbios endócrinos, problemas do sistema nervoso central, deficiências de nascença, danos em orgãos e tecidos, danos na pele e cabelos e reacções alérgicas. Como os champôs mais populares contêm um ou mais destes ingredientes, não se esqueça de ler o rótulo.

O mercado de cuidados para o cabelo.
O mercado mundial de cuidados para o cabelo está avaliado em 35 biliões de dólares. A P&G produz e comercializa mais de 250 produtos para mais de 5 biliões de consumidores em 130 países em todo o mundo. Em 2002 as suas vendas líquidas eram de 40,2 biliões de dólares; os cuidados de beleza chegavam a 8,08 biliões de dólares.
A gama Herbal Essences situou-se em segundo lugar no “ranking” de vendas de champôs nos Estados Unidos, no ano passado (2002), e em terceiro no Reino Unido. Para ter uma lista de ideias para champôs caseiros veja “Drop-Dead Gorgeous: Protecting Yourself from the Hidden Dangers of Cosmetics” de Kim Erickson (Conteporary Books, 2002).









LAURETH/LAURIL SULFATO DE SÓDIO (SLES/SLS)
Função:

· Tirar a oleosidade natural do cabelo através da corrosão, facilitar a penetração e dispersão do champô. Penetra muito facilmente na pele e permanece nos tecidos (particularmente do cérebro, coração e fígado) por um período de tempo relativamente longo.
Uso:
· Encontrado em cerca de 90% dos champôs comerciais e em muitos outros PCHC, especialmente em dentífricos e cremes para a pele. Os SLS foram proibidos em sais de banho porque têm um efeito adverso na protecção da pele, provocando erupções e infecções. São também encontrados em detergentes indústriais. Em testes efectuados em laboratórios clínicos os SLS são muitas vezes utilizados como irritantes para testarem a eficácia dos agentes curativos.
Efeitos na saúde:
Transportados através da corrente sanguínea, os SLS/SLES vão-se acumulando no coração, fígado, pulmões, cérebro e olhos. São retidos nos tecidos por um período prolongado e podem provocar os seguintes efeitos:
· Cancro – os SLS/SLES reagem com outros produtos químicos formando compostos com grande capacidade de induzir cancro, como as nitrosaminas e o dioxane;
· Disturbios endócrinos (hormonais) – os SLS/SLES podem mimetizar a acção das hormonas e perturbar os mecanismos associados que controlam as funções diárias do nosso corpo. É conhecido por mimetizar a acção do estrogéneo e interferir com o desenvolvimento sexual e o sistema reprodutivo;
· Danos nos olhos – os SLS são rapidamente absorvidos, especialmente para as células dos olhos (a absorção é feita através das raizes dos cabelos e não por contacto directo com os olhos); danifica a sua função e desenvolvimento – particularmente nas crianças;
· Perda de cabelo – os SLS são agentes corrosivos suficientemente agressivos para afectar os folículos capilares;
· Aumento da sensibilidade na pele – os SLS prejudicam a capacidade da pele funcionar como uma barreira contra substâncias nocívas, intensificando as reacções alérgicas;
· Desidratação da pele – os lipidos protectores são retirados, da superfície da pele, pela acção corrosiva dos SLS e a pele torna-se menos capaz de reter a humidade.

COCAMIDE MEA
Função:
· Criar um efeito de espuma que de outra forma seria impossivel de obter.
Efeitos na saúde:
· Causador de cancro em animais de laboratório. Cocamide MEA contém monoetanolamina que reage com SLS/SLES produzindo uma nitrosamina carcinogénica.

DMM HIDANTOINA
Função:
· Anti-bacteriano.
Efeitos na saúde:
· Testes de laboratório indicam ser um causador de cancro do pulmão e de danificar o ADN;
· Contém 17,7% de formaldeído, que é um irritante e carcinogénico causador de reacções tóxicas a cerca de 20% das pessoas que são expostas a este agente químico.

METIL/PROPILPARABENO
Função:

· Os parabenos são petroquímicos usados na maioria dos cosmécticos pela sua propriedade de eliminar bactérias e assim preservarem os produtos.
Efeitos na saúde:
· Disturbios endócrinos – os parabenos podem mimetizar a acção do estrogéneo e interferir com o desenvolvimento sexual e a reprodução;
· É comum o aparecimento de reacções alérgicas.

COCAMIDOPROPIL BETAINE
Função:

· Aumentar a densidade e o efeito de espuma do champô.
Efeitos na saúde:
· Por vezes pode provocar dermatite, desidratação e irritação do couro cabeludo.

(nota: existem vários estudos e artigos contraditórios quanto aos efeitos do cocamidopropil betaine. Mais tarde colocaremos um artigo para tentar clarificar este assunto.)

PERFUME / FRAGRÂNCIA
Função:
· Criar o aroma “botânico natural” que é uma parte muito importante no marketing do Herbal Essences mas que não reflete a realidade dos ingredientes do produto.
Uso:
· No mercado existem cerca de 5.000 fragrâncias, dos quais, cerca de 95% são criadas em laboratório – muitas são derivadas de petróleo. A descrição das fragrâncias utilizadas não estão listadas nos rótulos, por forma a proteger o segredo, dado que as fragrâncias não podem ser patenteadas.
Efeitos na saúde:
· Os produtos derivados de petróleo podem causar cancro, defeitos de formação, alterações do sistema nervoso e reacções alérgicas;
· Os perfumes são a principal causa de reacções alérgicas no uso de cosméticos.

DIAZOLIDINIL UREIA
Função:
· Anti-bacteriano.
Efeitos na saúde:
· Liberta formaldeído (ver DMDM Hidantoína);
· Irritante para os olhos e pele.

ÁCIDO BENZÓICO
Função:
· Conservante e solvente.
Efeitos na saúde:
· Contém aneis benzóicos carcinogénicos e tolueno, que também são conhecidos por serem perturbadores de hormonas e por causar defeitos de formação;
· Irritante do trato respiratório;
· Irritante para os olhos e pele.

CORANTES Cl 17200, Cl 15510, Cl 60730, Cl42053
Função:
· Dar aos champôs a côr dos ingredientes vegetais de que se diz serem derivados.
Uso e efeitos na saúde:
· Estes são apenas quatro entre centenas de corantes petroquímicos sintéticos cuja certificação é desconhecida e controversa. A maioria das cores utilizadas em cosméticos aguardam testes e ainda não foi provada, nem estudada, a segurança na sua utilização.

TETRASÓDIO EDTA
Função:
· Facilita a limpeza ligando-se à sujidade e a resíduos de metais pesados.
Uso:
· Encontra-se em detergentes, sprays químicos para a agricultura e produtos farmacêuticos.
Efeitos na saúde:
· O EDTA não se biodegrada imediatamente, pelo que uma vez introduzido na natureza vai dissolver metais pesados tóxicos e, assim, facilitar a sua entrada na cadeia alimentar. Os metais pesados (existem cerca de 20) são prejudiciais para a saúde humana podendo afectar o comportamento e os sistemas fisiológico e cognitivo;
· Irritante para os olhos e pele.

PROPILENO GLICOL
Função:
· Reter a humidade no champô e conferir-lhe um toque “sedoso”.
Uso:
· Propileno glicol é um petroquímico é o principal produto usado nos fluídos de travões e nos anti-congelantes bem como em produtos de saúde e beleza como nas loções de bébé e rimel.
Efeitos na saúde:

· Apesar da US Food and Drug Administration (FDA) ter classificado o propileno glicol como “genericamente reconhecido como seguro”, este é conhecido como neurotoxina e pode provocar dermatite, alterações no fígado e danos nos rins, em estudos efectuados em animais. Pode também inibir o crescimento das células e provocar irritações na pele.

Copyright rita c. Reprodução permitida desde que indicando o endereço:
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05/06/2008

Natural... ou artificial?

Um destes dias dei comigo a pensar "o que é que metilparabeno, propilparabeno, laureth sulfato de sódio, fragrâncias sintéticas, propileno glicol, etc… teriam de natural?!” É que na realidade estes produtos aparecem na composição de muitos produtos de higiene corporal e cosméticos que se dizem naturais. Na minha opinião, isto de natural não tem nada! Por isso quando ouvirem falar de “produtos naturais”… atenção, não acreditem em tudo o que vos dizem...
…pensem nisto:


É fundamental termos noção da gravidade de certos erros que cometemos quotidianamente, de forma inconsciente, em gestos aparentemente tão inofensivos como lavar as mãos, colocar um creme, comer um biscoito. Fazer algo para melhorar, um pouco que seja, a nossa saúde e este mundo onde habitamos, não é assim tão difícil!

Copyright rita c. Reprodução permitida desde que indicando o endereço:
http://osprodutosnaturais.blogspot.com/2008/05/natural-ou-artificial.html

04/05/2008

Aprender a ler rótulos, para não comprar o que não queremos!

Temos aqui uma pequena ajuda dada por um artigo escrito por Aubrey Hampton, que traduzi, onde nos explica algumas das substâncias e as razões pelas quais as devemos evitar quando procuramos um produto qualquer.

Acreditem que não será difícil encontrar essas “famosas” substâncias em vários produtos, particularmente os de higiene corporal, cosméticos, ou perfumes, que se podem encontrar à venda em qualquer supermercado ou até mesmo nas farmácias, estão cheios delas.
A boa cosmética biológica e realmente natural não as deverá conter!

Vá lá façam a experiência, vão ver que ficam surpreendidos.

"10 ingredientes sintéticos a evitar nos produtos cosméticos."

Por Aubrey Hampton:
"Se pretende produtos naturais, tem que estar disposto a procurá-los. É importante aprender a ler rótulos e não ficar pelos produtos pseudo naturais, de cuidados de pele e capilares. Em baixo listei e descrevi os “dez mais procurados” – os dez produtos químicos que mais quero ver banidos dos rótulos dos produtos, ditos naturais, para tratamento da pele e cabelo.

1. Parabenos (Metil, Propil, Butil e Etilparabeno)
Utilizados para inibir o crescimento microbiano e para prolongar a durabilidade dos produtos. Têm causado vários tipos de reacções alérgicas e irritações cutâneas. Estudos demonstraram que são ligeiramente estrogénicos e podem ser absorvidos pelo corpo através da pele. São largamente utilizados apesar de serem conhecidos como tóxicos.

2. Dietanolamina (DEA), Trietanolamina (TEA)
Utilizados habitualmente, nos cosméticos, como emulsionantes e/ou agentes produtores de espuma. Podem causar reacções alérgicas, irritações nos olhos e desidratação do cabelo e pele. DEA e TEA são "aminas" (compostos a partir da amónia) e podem formar nitrosaminas causadoras de cancro quando em contacto com nitratos. São tóxicos se absorvidos pelo corpo prolongadamente.

3. Diazolidinil Ureia, Imidazolidinil Ureia
São amplamente utilizados como conservantes. “The American Academy of Dermatology” considerou-os a causa n.º 1 das dermatites de contacto. Dois dos nomes registados para estes químicos são Germall II and Germall 115. Nenhum dos químicos Germall contém um bom agente fungicida, pelo que têm de ser combinados com outros conservantes. Ambos libertam formaldeído, que pode ser tóxico.

4. Lauril/Laureth Sulfato de Sódio
Um detergente agressivo e barato utilizado em champôs pelas suas propriedades de limpeza e de produção de espuma. Normalmente derivado de petróleo, é frequentemente dissimulado com a frase “provém de côcos”. Causa irritação nos olhos, descamação do couro cabeludo (similar à caspa), irritações cutâneas e outras reacções alérgicas.

5. Petrolato
Também conhecido como geleia de petróleo, este óleo mineral derivado é utilizado nos cosméticos pelas suas propriedades emolientes. Não tem qualquer valor nutritivo para a pele e pode interferir com os mecanismos naturais de hidratação do corpo, levando a pele à desidratação e a gretar. Habitualmente origina as situações que reivindica aliviar. Os fabricantes usam petrolato porque é incrivelmente barato.

6. Propileno Glicol
Idealmente é uma glicerina vegetal combinada com álcool de cereais, sendo ambos naturais. Habitualmente é uma combinação petroquímicos sintéticos utilizados como humidificantes. É conhecido como causador de reacções alérgicas, urticária e eczemas. Quando vir PEG (polietileno glicol) ou PPG (polipropileno glicol) num rótulo, tenha cuidado, pois são produtos químicos sintéticos idênticos.

7. PVP/VA Copolímero
Um produto químico derivado do petróleo utilizado em sprays de cabelo, produtos para pentear e outros cosméticos. Pode ser considerado tóxico pelo facto de as partículas inaladas poderem danificar os pulmões de pessoas com sensibilidade.

8. Cloreto de Benzildimetil (octadecil) amónio – Stearalkonium chloride
Um composto de amónio quaternário utilizado em amaciadores de cabelo e cremes. Desenvolvido pela indústria dos tecidos como um amaciador de tecidos, sendo muito mais barato e fácil de usar, em fórmulas de amaciadores de cabelo, do que proteínas e extractos de ervas os quais são benéficos para o cabelo. Provoca reacções alérgicas. Tóxico.

9. Cores sintéticas
Usadas para fazer os produtos cosméticos parecerem “bonitos”, as cores sintéticas, assim como colorantes sintéticos para o cabelo, devem ser evitados a todo o custo. Estas são rotuladas como FD&C ou D&C, seguidas por uma cor e um número. Exemplo: FD&C Red No. 6 / D&C Green No. 6. Muitas cores sintéticas podem ser cancerígenas. Se um produto cosmético as contiver, não o use.

10. Fragrâncias Sintéticas
As fragrâncias sintéticas utilizadas em produtos cosméticos podem ter cerca de 200 ingredientes. Não existe forma de saber quais são os produtos químicos que as compõem, porque nos rótulos só vêm descritas como “fragrâncias”. Entre os problemas provocados por estes químicos estão dores de cabeça, tonturas, irritações, hiperpigmentação, tosse forte, vómitos, irritação cutânea – e a lista continua. Conselho: Não compre um produto cosmético que tenha a palavra “fragrância” no rótulo."

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