04/05/2008

Aprender a ler rótulos, para não comprar o que não queremos!

Temos aqui uma pequena ajuda dada por um artigo escrito por Aubrey Hampton, que traduzi, onde nos explica algumas das substâncias e as razões pelas quais as devemos evitar quando procuramos um produto qualquer.

Acreditem que não será difícil encontrar essas “famosas” substâncias em vários produtos, particularmente os de higiene corporal, cosméticos, ou perfumes, que se podem encontrar à venda em qualquer supermercado ou até mesmo nas farmácias, estão cheios delas.
A boa cosmética biológica e realmente natural não as deverá conter!

Vá lá façam a experiência, vão ver que ficam surpreendidos.

"10 ingredientes sintéticos a evitar nos produtos cosméticos."

Por Aubrey Hampton:
"Se pretende produtos naturais, tem que estar disposto a procurá-los. É importante aprender a ler rótulos e não ficar pelos produtos pseudo naturais, de cuidados de pele e capilares. Em baixo listei e descrevi os “dez mais procurados” – os dez produtos químicos que mais quero ver banidos dos rótulos dos produtos, ditos naturais, para tratamento da pele e cabelo.

1. Parabenos (Metil, Propil, Butil e Etilparabeno)
Utilizados para inibir o crescimento microbiano e para prolongar a durabilidade dos produtos. Têm causado vários tipos de reacções alérgicas e irritações cutâneas. Estudos demonstraram que são ligeiramente estrogénicos e podem ser absorvidos pelo corpo através da pele. São largamente utilizados apesar de serem conhecidos como tóxicos.

2. Dietanolamina (DEA), Trietanolamina (TEA)
Utilizados habitualmente, nos cosméticos, como emulsionantes e/ou agentes produtores de espuma. Podem causar reacções alérgicas, irritações nos olhos e desidratação do cabelo e pele. DEA e TEA são "aminas" (compostos a partir da amónia) e podem formar nitrosaminas causadoras de cancro quando em contacto com nitratos. São tóxicos se absorvidos pelo corpo prolongadamente.

3. Diazolidinil Ureia, Imidazolidinil Ureia
São amplamente utilizados como conservantes. “The American Academy of Dermatology” considerou-os a causa n.º 1 das dermatites de contacto. Dois dos nomes registados para estes químicos são Germall II and Germall 115. Nenhum dos químicos Germall contém um bom agente fungicida, pelo que têm de ser combinados com outros conservantes. Ambos libertam formaldeído, que pode ser tóxico.

4. Lauril/Laureth Sulfato de Sódio
Um detergente agressivo e barato utilizado em champôs pelas suas propriedades de limpeza e de produção de espuma. Normalmente derivado de petróleo, é frequentemente dissimulado com a frase “provém de côcos”. Causa irritação nos olhos, descamação do couro cabeludo (similar à caspa), irritações cutâneas e outras reacções alérgicas.

5. Petrolato
Também conhecido como geleia de petróleo, este óleo mineral derivado é utilizado nos cosméticos pelas suas propriedades emolientes. Não tem qualquer valor nutritivo para a pele e pode interferir com os mecanismos naturais de hidratação do corpo, levando a pele à desidratação e a gretar. Habitualmente origina as situações que reivindica aliviar. Os fabricantes usam petrolato porque é incrivelmente barato.

6. Propileno Glicol
Idealmente é uma glicerina vegetal combinada com álcool de cereais, sendo ambos naturais. Habitualmente é uma combinação petroquímicos sintéticos utilizados como humidificantes. É conhecido como causador de reacções alérgicas, urticária e eczemas. Quando vir PEG (polietileno glicol) ou PPG (polipropileno glicol) num rótulo, tenha cuidado, pois são produtos químicos sintéticos idênticos.

7. PVP/VA Copolímero
Um produto químico derivado do petróleo utilizado em sprays de cabelo, produtos para pentear e outros cosméticos. Pode ser considerado tóxico pelo facto de as partículas inaladas poderem danificar os pulmões de pessoas com sensibilidade.

8. Cloreto de Benzildimetil (octadecil) amónio – Stearalkonium chloride
Um composto de amónio quaternário utilizado em amaciadores de cabelo e cremes. Desenvolvido pela indústria dos tecidos como um amaciador de tecidos, sendo muito mais barato e fácil de usar, em fórmulas de amaciadores de cabelo, do que proteínas e extractos de ervas os quais são benéficos para o cabelo. Provoca reacções alérgicas. Tóxico.

9. Cores sintéticas
Usadas para fazer os produtos cosméticos parecerem “bonitos”, as cores sintéticas, assim como colorantes sintéticos para o cabelo, devem ser evitados a todo o custo. Estas são rotuladas como FD&C ou D&C, seguidas por uma cor e um número. Exemplo: FD&C Red No. 6 / D&C Green No. 6. Muitas cores sintéticas podem ser cancerígenas. Se um produto cosmético as contiver, não o use.

10. Fragrâncias Sintéticas
As fragrâncias sintéticas utilizadas em produtos cosméticos podem ter cerca de 200 ingredientes. Não existe forma de saber quais são os produtos químicos que as compõem, porque nos rótulos só vêm descritas como “fragrâncias”. Entre os problemas provocados por estes químicos estão dores de cabeça, tonturas, irritações, hiperpigmentação, tosse forte, vómitos, irritação cutânea – e a lista continua. Conselho: Não compre um produto cosmético que tenha a palavra “fragrância” no rótulo."

Copyright rita c. Reprodução permitida desde que indicando o endereço:

7 comentários:

Anónimo disse...

Olá Rita, obrigado pelas informações que partilha no blog de facto muito interessantes e úteis.
Se não se emportar, vou "linkar" ao meu blog, para difulgar as suas informações.
Boa continuação,
Andreia

Moon Light disse...

Olá Rita.

Desde já os meus parabéns pelo site e pelas informações sobre rótulos.

Fiquei fã dos produtos da AUBREY e da URTEKRAM, e tenho inclusive a divulgar o site junto de amigos e conhecidos. Espero que eles sigam os meus passos.

Votos de bom sucesso!

EU disse...

Deixe-me apenas notar que "petrolatum" é a bem conhecida vaselina, e que propilenoglicol é o nome de uma substância química definida. Como tal, terá as mesmas propriedades quer seja obtida por extracção de produtos naturais ou sinteticamente.

rita c disse...

Caro Sr. "EU".
O que refere é correcto, “petrolatum”, ou petroleína, como também é conhecida em português, “é a bem conhecida vaselina”.
De facto, o propileno glicol é um composto que até é, à partida, reconhecido como seguro (a U.S. Food and Drug Administration - FDA classifica o propileno glicol como “genericamente reconhecido como seguro”). Porém a forma como este é obtido pode fazer alguma diferença, pelo que será conveniente observar o que refiro a seguir:
1- Comercialmente é, genericamente, mais rentável a via de síntese industrial;
2- Por esta via os contaminantes que possam existir em solução são, potencialmente, mais perigosos do que as impurezas de um processo de extracção de plantas.

Skiter disse...

Gostaria que falasse mais sobre propileno glicol. ele nao é natural?
Mmsgo

Skiter disse...

Desde ja parabéns pelo blog. Gostaria de saber mais sobre propileno glicol... Ele é um produto toxico? E quais componente substitui os 10 da lista?

rita c disse...

Bom dia Skiter, obrigada pelos seus comentários.

Efectivamente, o propileno glicol que habitualmente encontramos na composição dos cosméticos convencionais e muitas marcas fabicantes de cosméticos pseudo-naturais e pseudo-biológicos é, por norma, um produto obtido por via de síntese industrial, logo mais susceptível a ter contaminantes potencialmente perigosos.
Há no entanto alternativas bem simples para não ter de utilizar este tipo de substância habitualmente usada como emulsionante:
1- “Agitar bem antes de usar”;
2- Através da mistura de glicerina vegetal e álcool natural de cereais.

Pode encontrar mais informações sobre Propileno Glicol e alternativas naturais aos "10 sintéticos" nestes artigos que escrevemos:

http://osprodutosnaturais.blogspot.com/2008/09/anatomia-de-um-champ-i-o-que-no_5018.html

http://osprodutosnaturais.blogspot.com/2008/09/como-comparar-produtos-naturais-com.html

Cumprimentos,
Rita C